Texto: At
20:17-35
1.
Que tenho eu feito pelo Reino de Deus?
Amanhã
a Igreja Cristã celebra os 494 anos da Reforma Protestante. Mas há, de fato,
motivos para celebrar? Na verdade, a Reforma nos lança o desafio de sermos nós,
hoje, reformadores. Diante dos cinco princípios norteadores da Reforma, cabe a
nós sermos uma resposta aos desafios de nosso tempo. Admirar a coragem de
Lutero, o zelo de João Calvino e a ousadia ao Arcebispo Thomas Cranmer não fará
a diferença que Deus quer que nós façamos hoje. E, para isso, precisamos
URGENTEMENTE buscar as raízes, as veredas antigas de nossa
fé.
2.
Os desafios continuam os mesmos. Precisamos continuar pregando só a graça, só a
fé, só Cristo, só as Escrituras, só a Deus a Glória. Estes princípios ainda são
fonte de incompreensão. Muitos querem saber apenas de um Deus que é um
despenseiro de bênçãos. Hoje, prega-se excessivamente auto-ajuda, mas não se
fala de arrependimento e nova vida em Cristo, não se fala do Senhorio de Jesus
Cristo, não se fala da glória futura reservada aos eleitos. O falso-evangelho
pregado hoje é baseado em concepções mundanas, mercadológicas e
humanistas.
Criam
os protestantes no livre-exame das Escrituras e no sacerdócio Universal de todos
os crentes. Criam os protestantes na liberdade de pensamento e expressão, na
liberdade de opinião.
3.
O Mundo hoje é dominado pelo secularismo e pelo hedonismo e a Igreja Cristã tem
sido seduzida por muitas práticas que não condizem com o verdadeiro Evangelho. O
mundo grita e exige respostas urgentes. E a resposta de Deus, somos nós.
X Hoje,
ao invés de Sola Gratia, muitos tem pregado uma doutrina conhecida como
“Maldição hereditária” ou ainda a chamada “Teologia da Prosperidade” que afastam
o homem de Jesus Cristo porque não são doutrinas de salvação, mas de medo, de
angústia, de superstição e de desejo desenfreado pelas coisas dessa
vida.
X Hoje,
ao invés da Sola Fide, muitos têm buscado determinar as coisas para Deus como se
ele fosse o nosso empregado e fizesse apenas o que nós queremos que seja feito.
E se ele não responde como ele quer, ficamos frustrados. A Bíblia afirma a
Soberania de Deus e afirma que é pela fé que nós nos relacionamos com
ele.
X Hoje,
ao invés de Solo Christus, muitos tem buscado fazer parte da Igreja do Pastor
fulano de tal, vão atrás de pregadores e operadores de milagres, vão atrás de
curas e maravilhas e desviam o olhar de Cristo, aquele que pode fazer tudo isso
e muito mais. Querem participar de mega-eventos que promovem denominações ou
pessoas em vez de glorificarem o Nome de Cristo.
X Hoje,
em vez de Sola Scriptura, muito vão pelo que eu acho, pelo que eu penso, pelo
que eu concordo ou não concordo...eu, eu, eu... Aliás, livre-exame tem sido
considerado como livre-interpretação, ou seja, eu entendo do jeito que eu quero.
Por isso muitos têm se afastado da Escola Dominical e dos cultos porque se
consideram donos da verdade e não tem nada mais a aprender com ninguém.
Afastam-se do convívio da comunidade. A postura da pós-modernidade é a de
questionamento das verdades fundamentais da fé como por exemplo do nascimento
virginal de Cristo ou a ressurreição do Mestre. Cientistas e historiadores têm
negado até mesmo a existência de nosso Salvador.
X O
sacerdócio Universal de todos os crentes para muitos tem cedido espaço para que
pastores inescrupulosos usurpem da sua condição, determinando quem os jovens da
comunidade devem namorar, abusando de sua autoridade pastoral de “ungidos do
Senhor” para usurpar de seus gordos salários e escravizarem o,povo de Deus
segundo as suas conveniências.
4.
Precisamos sempre estar em constante Reforma. Reformar não é destruir, reformar
é dar nova vida, novo ânimo. Lutero não fundou uma nova Igreja, nem Calvino, nem
Cranmer. Parece que para muitos a Igreja começou no século XVI, mas ela se
inicia no Pentecostes, em Atos 2. A situação espiritual e moral da
Igreja está em péssimas condições ( bancada evangélica, escândalos
financeiros...redes de tv, escolas, universidades...). Precisamos urgentemente
de :
a)
Testemunho da fé: em todo o tempo (18)
b)
Humildade(19)
c)
Lágrimas e provações(19)
d)
Pregar publicamente (20) – Lloyd-Jones: “Aos coríntios e a outros ele diz:
«Uma dispensação do evangelho me foi confiada.» Esta era sua posição, e deve ser
a nossa. Esta é a Palavra de Deus! É a Revelação! É infalível porque é de Deus!
Esta é a primeira arma para a nossa guerra. Ela deve ser proclamada; não é para
ser defendida, mas proclamada; para ser anunciada com santa ousadia; para ser
«declarada» aos homens. Não precisamos de «diálogos»; precisamos de
«declarações».
e)
única mensagem: arrependimento e fé em Jesus(21)
f)
Entrega total da vida a Deus, para o que der e vier (22,23) – porque o único
objetivo de nossas vidas tem que ser a glória de Deus!
6.
Para isso é necessário:
a)
uma vida de oração;
b)
leitura e meditação diária das Escrituras
c)
Paixão pelas almas / zelo evangelístico
7.
Chega de blasfemarmos o nome do Senhor. Que ele nos conceda o seu Espírito Santo
para que a nossa vida seja um canal para abençoar este mundo tão carente de
Jesus Cristo. Amém.
Autor desconhecido
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